Ser um desenvolvedor backend ou um desenvolvedor frontend? Se você leu a última postagem e se encontra nessa situação, ou até mesmo se está em uma encruzilhada no início de sua carreira, posso dizer que você não está sozinho.
Isso é super comum para quem está iniciando, e posso dizer que até quem já está há um tempo na indústria pensa nisso.
Eu mesmo estou sempre pensando em mudar para o front, sendo desenvolvedor backend e às vezes fullstack.
Principalmente nos momentos em que as coisas ficam complicadas, surge aquele pensamento: poxa, será que o outro lado é melhor? Será que ir para o backend é melhor ou será que migrar para o frontend é mais tranquilo? Só irei centralizar divs e mudar cor de botão?
Será? Será?…
Como mencionei antes, esses pensamentos sempre serão comuns, mesmo trabalhando como um desenvolvedor fullstack. Então, onde focar a carreira? Onde ir em termos de desenvolvimento?
Vem comigo…
Trabalhando como um desenvolvedor backend

Vamos por partes, começando pelo lado do servidor, o backend.
Nessa área, é necessário ter uma compreensão abrangente de várias coisas, como uma ou mais linguagens de programação. É essencial entender como um framework específico funciona, como ele lida com requisições.
Além de ter conhecimento em bancos de dados, REST APIs e microserviços. Também é crucial compreender conceitos de DevOps, como dockerização, orquestração de containers e deployment.
Não posso deixar de mencionar a importância da segurança da aplicação e dos testes para garantir a qualidade das funcionalidades.
Isso é apenas uma visão superficial.
Posso dizer que a área de backend possui muitos pontos que precisam ser entendidos. Apesar de ser desafiadora e granular, tem seus aspectos positivos. Um deles é a menor concorrência e, em geral, um salário “de certa forma” melhor.
Outro ponto é que, embora haja muitos tópicos para aprender nessa área, a cadência de mudanças é mais lenta em comparação com o frontend.
Em outras palavras, ao aprender uma tecnologia do backend, você não precisa se atualizar na mesma velocidade que um desenvolvedor frontend, por exemplo.
Trabalhando Como Um Desenvolvedor Frontend

Por outro lado, trabalhar com frontend não é ruim também.
Aqui, vou compartilhar minha opinião sobre como é trabalhar como desenvolvedor frontend. Enquanto o backend lida com o peso pesado nos bastidores, é no frontend, o lado do cliente, que a maior parte das funcionalidades do sistema é apresentada ao usuário final.
Em outras palavras, para o usuário, o frontend é o sistema. Infelizmente, isso pode ser um aspecto triste do ponto de vista dos desenvolvedores backend. Além disso, caso um desenvolvedor frontend seja excelente na criação de telas bonitas e totalmente responsivas, é comum que eles recebam boa parte do crédito pelo que é feito.
No entanto, nem tudo são elogios para quem trabalha no frontend. Embora recebam muitos créditos pela criação do sistema, esses desenvolvedores também enfrentam a responsabilidade por muitas questões, mesmo que o problema venha do backend e não do frontend em si.
Em outras palavras, enquanto os desenvolvedores backend geralmente ficam mais afastados dos clientes, passando a maior parte do tempo interagindo com tech leads e CTOs, os desenvolvedores frontend lidam mais de perto com os clientes finais.
Se um botão não funciona ou a responsividade não está fluindo bem em uma tela específica, as reclamações podem ser mais frequentes. Além disso, como mencionei na seção de backend, na área de frontend, estão sempre surgindo novas tecnologias, como frameworks. Então, esteja preparado para estudar.
Falando nisso, em qual versão do ECMAScript está o JavaScript mesmo? 😅
Fatores a Considerar Na Escolha
Brincadeiras à parte; essa é uma escolha que eu não acho muito difícil. Por mais dividido que você esteja, eu te aconselho a testar.
No caso, como boa parte dos desenvolvedores provavelmente iniciaram seus estudos pelo frontend, como HTML, CSS e JavaScript, tente se aprofundar mais. Entenda como usar o HTML5 e suas semânticas, no CSS, entenda como dominar o Flexbox ou o grid, aplique responsividade em diferentes telas usando media queries.
Com o JavaScript, domine a manipulação do DOM, entenda sobre modificar o layout baseando-se nos eventos da página. Aprofunde-se na sintaxe da linguagem e por aí vai. Até você se sentir confiante para iniciar seus estudos em um framework reativo.
Mesmo assim, também cheque se o backend é para você. Aprenda uma linguagem normalmente usada para a programação de um servidor como: Python, Java, C# ou PHP… Entenda sua sintaxe e, sem muitos detalhes, vá direto para um framework para facilitar seu aprendizado. Entenda como o frontend (cliente) se comunica com o backend.
Compreenda como o framework trata essas requisições via protocolo HTTP até você criar um sistema com funcionalidades CRUD. Caso você goste, aprofunde-se cada vez mais na área. Entenda melhor como a linguagem que você aprendeu funciona.
Estude o framework da linguagem ao ponto de você começar a entender as suas funcionalidades que estão “por baixo do capô“. Se possível, estude tópicos mais profundos como criação de APIs…
Depois desses testes, você verá qual será a área que mais se identifica.
Esta seção não tem como eu dar a minha opinião. Isso é mais um sentimento, por isso que eu te aconselho a testar os dois lados.
Conclusão
Nesse contexto de dúvidas, eu te aconselho a sujar as suas mãos. Vai lá e crie várias aplicações dos dois lados, tanto no frontend quanto no backend. Na melhor das hipóteses, caso suas dúvidas se mantenham por muito tempo, você se tornará um desenvolvedor full-stack (trabalhando nos dois lados).
No entanto, eu te aconselho a escolher um lado para não se tornar um desenvolvedor “pato” que não sabe nada legal.
Irá chegar uma hora em que você se sentirá mais familiarizado em um lado específico. E será lá que você focará sua carreira.
Já ouviu dizer que a maioria dos desenvolvedores backends não sabem centralizar uma div e odeiam o CSS? E que os desenvolvedores de frontend não curtem muito ter que criar a lógica de negócios no backend, lidando com queries de banco de dados e deploy?
Pois bem, esses são alguns dos fatores que podem ser usados como exemplo para você entender qual lado escolher.